sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

PERFIL.



Homenageado do Mês de Fevereiro: Heber brito.



Filho de José Crispim Gomes Pinto e Mariana Brito Pinto, fez o curso primário no Grupo Escolar Felipe dos Santos e o ginasial no Ginásio Sul-Mineiro, tendo nesta instituição jogado no time de futebol organizado pelo Professor Raimundo Martins, destacando-se ainda no basquetebol, voleibol, futebol de salão e natação. Jovem bonito, elegante e saudável, gostava das tradicionais festas, animados bailes, as românticas serestas e os bons filmes. Da união com Araceli Penedo Lara nasceram os filhos, Selma, Jane, Vânia, Vanda, e Evandro. Foi funcionário do Banco da Lavoura no Rio de Janeiro e, em Itanhandu, do Banco Crédito e Comércio de Minas Gerais, em 1959 foi nomeado Gerente Geral da agência da Caixa Econômica Estadual de Minas Gerais. Estudioso, competente e atualizado, saiu-se muito bem em sua função visto que, sendo a cidade pequena e contando com outras agências bancárias, conseguiu sempre um número satisfatório de clientes, isto também graças às exaustivas e freqüentes viagens a capital mineira participando de cursos relacionados ao cargo. Também foi sócio-proprietário do Bar-Esportivo. Na década de 50, nem mesmo as atribulações que lhe consumiam boa parte do tempo, o impediram de aceitar ao convite da Escola Normal e Ginásio Coração Eucarístico (Coleginho) para ensaiar, por 10 anos e sem qualquer remuneração, a pequena fanfarra e organizar o ensaio das estudantes que, carinhosamente passaram a chamá-lo de "TIO HEBER", nome que o fez popular e conhecido por toda a comunidade. Em 1967 passou a lecionar educação física nesta instituição. Sente a necessidade de fazer um curso de educação física (intensivo) o que acaba fazendo em Belo Horizonte. De volta a terrinha realiza um primoroso trabalho. Sempre buscando parcerias, encontra ajuda em seus pares, Iramir de Souza Martins e Carlos Alberto Franco da Rosa. A memória e os registros de uma época de ouro estão gravados na gente que viveu estes tempos. Gente esta que aguardava impacientemente à hora em que a fanfarra, com seus componentes em uniformes impecáveis, instrumentos afinadíssimos, adentrava pelas ruas principais do centro da cidade. A emoção tomava conta de todos e, com toda a certeza era um espectáculo no dia da pátria mãe na pequena Itanhandu. Obstinado, organizava, além dos desfiles, jogos, competições, gincanas, participando também das atividades de festa junina. Objetivando incentivar os integrantes da fanfarra, levava-a constantemente para apresentações nas cidades vizinhas. Na cidade de Caxambu foi realizado um concurso de fanfarras e, entre 32 concorrentes, saiu vitoriosa a de Itanhandu, coordenada, claro, por "Tio Heber". Encerrou suas atividades de professor em 1974. Mas o espírito de cooperação falou mais alto e lá esta Tio Heber novamente em ação, agora com a missão de estruturar o museu de Itanhandu. E lá vai ele em mais uma missão pelas ruas da cidade, cumprimentando afetuosamente, com um abraço e um beijo na face, incontáveis discípulos que cruzam seu caminhar. Este trabalho que ele agora realiza no futuro há de fazer, com certeza, muitos de nós se emocionar, lembrando-se da aurora de nosso bem mais precioso e, lá estará a marca quase indelével de “Tio Heber”, um homem que gosta de emocionar. Agora, quem fez a história agora trata de guardar a memória, eternizando os momentos da vida de várias gerações. A disciplina, perfeição e obstinação desde senhor de 83 anos fazem parte da história desta cidade, como uma biografia que agora ele, pacientemente, vai catalogando e organizando os feitos desta gente, angariando velhos objetos, dispondo-os em um espaço pequeno, de luxo nenhum, quase sem recursos, mas, podem apostar este trabalho já tem seu reconhecimento e enorme utilidade para aqueles que sempre fizeram parte da vida de “Tio Heber”: os estudantes!
O nosso reconhecimento e muito obrigado “Tio Heber!!".