Segundo a investigação, vítimas contraíam empréstimos sem saber o que estavam fazendo
Cerca de 30 aposentados de Areado, no Sul de Minas, denunciam um suposto golpe. Segundo eles, com a promessa de que receberiam um aumento na aposentadoria, assinaram procurações em nome de um homem, mas acabaram descobrindo que o documento era utilizado para um pedido de empréstimo.
Segundo os aposentados, o golpista teria dito que bastava eles assinarem um papel para terem direito a uma quantia extra na aposentadoria. Mas na verdade, o tal reajuste era um empréstimo.
As denúncias já chegaram ao Ministério Público, que já ouviu algumas pessoas. A Defensoria Pública já pediu à Justiça que cancele os contratos. Pelo menos sete pessoas já procuraram a Justiça, mas de acordo com a Defensoria, outras 30 foram lesadas em Areado e outros devem aparecer com a descoberta do golpe. O perfil das vítimas é praticamente o mesmo: pessoas humildes que vivem com apenas um salário mínimo.
Um homem de 51 anos é apontado pelos aposentados como o responsável pelos empréstimos. Altair Ramos Martins, que também é aposentado, nega que tenha agido de má fé. Segundo ele, as pessoas assinaram o contrato sabendo do que se tratava. Ele garante que não cobrava pelo serviço. Ele disse ainda que tem uma espécie de parceria com uma empresa que representa bancos e que recebe uma comissão pelos contratos vendidos.
O Ministério Público aguarda a conclusão do inquérito policial e os envolvidos podem pegar de um a cinco anos de prisão. A instituição que realizou os empréstimos também pode ser responsabilizada.
